Sempre em frente, sempre avançando!
AVANCÉ
Parkour Équipe
30/01/2018
De cara nova!
Sempre em frente, sempre avançando!
19/11/2012
A Call to Arms
06/04/2012
Projeto C.O.D.D.
22/01/2012
Retórica
O nível de excelência de um artista marcial, de um lutador, de um traceur, de um freerunner, de um trickster, de um ginasta, ou de qualquer atleta, não se baseia no número ou na variedade de golpes, travas, passadas, mortais, acrobacias, piruetas que o atleta pode fazer, mas sim na qualidade em que cada um é realizado. Essa qualidade provém da disciplina e da aptidão natural quando ministradas pela mentalidade ideal do atleta. Essa mentalidade é então o único fator que o proporciona aproximar da perfeição.
A disciplina tradicional, na sua forma mais pura, proporciona crescimento, sem dúvidas. O desenvolvimento instintivo (aptidão natural), também o proporciona, indubitavelmente. Mas qual o melhor caminho então a trilhar, pois se a falta de técnica transforma o homem em um animal cego e a falta de objetividade o transforma em um ser truncado?
Se uma forma de aprendizado não apresenta variações significativas ao longo de muito tempo (como acontece nos estilos tradicionais de Kung Fu), é porque há um motivo: essa forma (considerada por muitos, obsoleta), ainda produz resultados. Caso contrário, a “seleção natural” trataria de extinguí-la. Concomitantemente, a concepção de liberdade, que o Parkour causa, apresenta um ponto a que o atleta deve se atentar. Seus ideais de independência são válidos na sua filosofia, devido à objetividade dessa atividade física (ainda para muitos) exótica. Mas essa independência e liberdade, não devem ser entendidas literalmente, quando se trata do processo contínuo de treinamento (o que, na minha visão, fortemente influenciada pelas artes marciais e pela filosofia de Bruce Lee, não deve ser um acréscimo diário, mas um decréscimo diário, em que se deve retirar o que não for útil para o crescimento). Esse processo de treinamento, quando disciplinado (a disciplina provém da mentalidade correta) é o que traz resultados para o homem, pois a procrastinação não gera evolução. Ela não deve ter lugar nessa vida do movimento. Citando Jean-Jacques Rousseau: "O exercício tanto torna o homem saudável, como sábio e justo. (...) Quanto maior sua atividade física, maior sua aprendizagem".
Dessa forma, o tradicional em detrimento da vanguarda e vice-versa, embora faça com que o atleta cresça, essa não é a forma de crescimento máximo. O ponto-chave é o equilíbrio. A proficiência não se atinge por pura inspiração e filosofia, nem por esforço contínuo às cegas e muito menos por negligência às formas originais da arte (David Belle não se esqueceu do Parcours du Cambattant, nem do Méthode Naturelle que conheceu graças a seu pai, Raymond Belle. Bruce Lee, mesmo depois de ter fundado o Jeet Kune Do, não negou ter sido aluno de Yip Man, mestre de Wing Chun).
Muitas vezes, o atleta pode se perguntar se ele está realmente no caminho certo, se dessa forma, seus objetivos serão alcançados. A resposta para tais indagações pode ser encontrada no Yin Yang. A evolução não é estática. Não é fixa. É necessário ter essa ideia em mente.
28/12/2011
Flowing
Explicar o que é o Flow é um tanto complicado, pois é uma pulsação que só pode ser sentida quando se move.
Desenvolver o Flow é iniciar um movimento, sem necessariamente terminar um para começar outro, ligando um ao outro com velocidade constante.
Manter o Flow não significa em todos os casos estar em alta velocidade, mas nunca reduzi-la, sejam quais forem os obstáculos.
Alcança-se o Flow quando são combinados na medida certa:
- Velocidade: durante todo o percurso.
- Técnica: para movimentos limpos, seguros e bem executados.
- Equilíbrio: para movimentação sobre corrimãos, barras e espaços limitados.
- Resistência: para suportar os impactos, sem danos, e percorrer longas distâncias.
- Força: principalmente para escaladas e subidas em geral.
- Foco: no obstáculo atual e no próximo, principalmente quando uma posição de pé errada pode ser fatal.
- Respiração correta: sem fôlego ninguém dura até o final.
A ligação dos movimentos deve ser segura e limpa, porque assim o Flow se mantem por muito mais tempo. Não vale muito quando "cada obstáculo, uma lesão", pois uma série de pequenos erros leva a um grande erro, e não prejudica apenas o fluxo, mas o traceur que o faz!
Pensar nessa movimentação direta, sem paradas, sem redução de velocidade, equilíbrio impecável, técnica apurada e força perfeita pode parecer exagerado e um tanto idealista demais. Mas o Flow não é uma coisa que se consegue tomando uma lata de Red Bull. É algo que se conquista com o tempo, com treino e dedicação.
Isso faz do Flow a pedra filosofal do Parkour. É o que buscamos, a habilidade máxima, gerada pela combinação perfeita de todas as habilidades.
Que o Flow esteja com vocês!
Sempre avançando... em busca do Flow!
07/12/2011
Manifesto Parkour (ABPK)
- Trata-se de disciplina corporal não competitiva, cujo objetivo é avançar em um percurso qualquer através de técnicas de deslocamento - correr, saltar, escalar, etc. adaptada para maior eficiência.
- Uma forma de fortalecimento consciente e progressivo, com base no treinamento físico - alicerce para o treinamento técnico e mental -, fundamentado na autopreservação e no desenvolvimento continuado. Portanto, a proteção à integridade física e à manutenção da longevidade saudável são partes inseparáveis da rotina de treinamento.
- O Parkour procura desenvolver plenamente seus praticantes através da auto superação, assim, a cultura ao treinamento árduo beneficia não apenas a forma física, mas passa a integrar a essência do praticante, gerando um ser humano completo, físico, mental e socialmente.
- Trata-se de uma disciplina, pautada na evolução pessoal, sendo as tentativas/iniciativas de esportivização (instituição de regulamento, competições ou campeonatos, criação de clubes, times ou equipes rivais) incoerente. Assim não reconhecemos o Parkour como um esporte dentro desses critérios.
- Igualmente, o Parkour não pode ser classificado como esporte radical ou de aventura. O foco concentra-se no desenvolvimento seguro e gradual das habilidades, no julgamento das situações e na autonomia do indivíduo.
- Intrínsecas à prática e à cultura do Parkour, existe uma ideologia pautada em valores de altruísmo e liberdade, promovendo a solidariedade, o não preconceito e o respeito mútuo.
19/07/2011
Obrigado!
Eu, Gabriel e Matheus combinamos de fazer hoje à noite um treino monstro, bruto, no melhor estilo Hell Night. E esse foi, sem sombra de dúvida, um grande treino, pra ficar na memória. Foram voltas de quadrupedal, cat walks, climbadas, wall walks, sprints e mini percursos na mais pura brutalidade. E era o estar lá juntos, unidos, que nos mantinha de pé e seguindo em frente. Por mais que fossem as dores, os calos abertos, a sede e o cansaço nos mantivemos firmes.
Gostaria de agradecer a esses dois grandes amigos pelo apoio, por cada gota de suor compartilhada, por cada momento de silêncio e respiração, porque esse "sofrimento" mútuo é muito bom!
Obrigado por tudo. Estamos juntos pro que der e vier!
Sempre avançando!
17/07/2011
Aceitação: Uma nova definição?
28/05/2011
Equilibrio é a chave!
Você pode ser rápido, pode ser forte, mas se não há equilíbrio (nos mais variados sentidos), não está completo!
Em uma precisão ele é mais que essencial, porque dependendo do local em que é feita, um erro na cravada pode ser fatal.
Também um planche, por exemplo, se não é feito de forma alinhada e com certo "equilíbrio muscular", não será satisfatório, podendo lesar o praticante e diminuir o flow.
E até mesmo o equilíbrio mental, que permite fazer as escolhas corretas e mais seguras durante o percurso.
"Como vai se mover se não consegue ao menos ficar parado?!?"
São poucos os que se movem com perfeição sobre barras e pontos pequenos, porque é algo que demanda tempo de treino e constante apuração.
No meu início, treinava mais equilíbrio que qualquer outra coisa, porque tinha medo de ir pra rua treinar sozinho e ficava em casa treinando equilíbrio. Era a única coisa que dava pra fazer.
Mas depois que peguei confiança e passei a treinar sozinho nas ruas, deixei o equilíbrio de lado e me dediquei a outras coisas como passadas e escaladas.
Com isso fui ficando cada vez mais "desequilibrado" e hoje sou terrível nisso!
Mas já estou de volta aos antigos treinos de equilíbrio e para mim nada é mais importante. É uma prioridade!
Sei como faz falta e posso dizer que é terrível você estar num dos percursos mais perfeitos da sua vida e não conseguir cravar uma precisão no meio do caminho (isso aconteceu dois dias atrás), o que acaba com sua felicidade e te obriga a fazer tudo de novo.
Equilíbrio é sinal de controle.
Por isso treine, treine e treine!
(é o que estou fazendo)
Daí treine e treine de novo!
E se seu equilíbrio já é bom, lembre-se de focar no que não é bom, sem deixar o treinamento anterior de lado.
"Não basta ser bom, tem que ser perfeito!"
Sempre avançando!
13/05/2011
Sobre giros
Falando por experiência própria, acredito que adotar movimentos acrobáticos pode trazer ganhos consideráveis ao traceur e que serão muito úteis em um percurso. Mas não estou dizendo que as acrobacias em si devem ser usadas, porque em um percurso podem sim ser classificadas como "movimentos inúteis" e "meramente estéticos". Digo que os ganhos com o treinamento acrobático podem contribuir para o aprimoramento das técnicas de parkour.
Mas que ganhos são esses afinal?
Desde que comecei a treinar giros, tenho notado mudanças em minhas habilidades.
Mais velocidade, flexibilidade, altura nos saltos, impulso e até melhora nos reflexos são os pontos onde percebi melhoras. E tudo isso tem permitido que eu realize percursos cada vez mais rapidos e fluidos. Sem falar que me ajudou a sair do platô que eu estava a um tempo atrás.
Sei que muitos pensam que giros são 100% inúteis, mas se usados da maneira certa (como treinamento secundário para aprimoramento da velocidade, flexibilidade, impulso e reflexos) eles podem sim mostrar um lado útil.
É tudo uma questão de saber a hora em que os giros ajudam ou atrapalham.
Sempre avançando!
25/03/2011
Pra não perder o costume!
Ficou grande, chato, lento, zoado, com péssima resolução... enfim!
Foi feito com o único objetivo de registrar a minha movimentação e alguns desafios que cumpri recentemente (como correr no quadrado, sem cair).
O dedico a todos os meus amigos pela companhia nessa jornada.
No mais... clique neste link para ir direto ao nosso canal no YouTube e conferir.
Sempre avançando!
18/03/2011
Traceur vs. bandido
Moramos em uma cidade pequena, e essa cena de polícia perseguindo bandido (ainda mais a pé) não é comum. E quando acontece é o maior alvoroço.
Particularmente, isso me preocupou muito, não só pelo fato da polícia não ter conseguido prender os bandidos, mas por ter ocorrido perto de um pico de treino, onde as pessoas que transitam por lá e, principalmente as que moram ao lado, nos conhecem como "os-meninos-que-praticam-o-tal-de-parkour".
Inevitavelmente todos veem o que nós fazemos, e depois do ocorrido, nada os impede de pensar mal e olhar com desconfiança.
Detalhe que de tempos para cá, depois da entrevista para jornal e rádio, e por simples observação da população, conseguimos mostrar que nós traceurs não oferecemos mal algum e que realmente não estamos fazendo nada de errado.Fomos sendo mais compreendidos, quebramos a maior parte do preconceito e conseguimos mais respeito.
Infelizmente...
"É mais fácil destruir do que construir!"
E se o ocorrido influenciar em alguma coisa?
Como o retorno de todo o preconceito ou a tomada de alguma atitude por parte das autoridades?
Isso me preocupa!
P.S.: uma reflexão... pessoalmente não acho que o Parkour possa ser usado por bandidos porque eles não estão nem aí pra técnica e disciplina. Eles estão tão ocupados se destruindo com suas drogas que nem ligam para treino. Eles não têm capacidade física, eles não têm moral, eles não têm técnica para parkour.
Um bandido pulando muro...
Uma criança pulando muro...
Um traceur pulando muro...
São completamente diferentes.
Pena que as pessoas não veem isso!
Sempre Avançando!
02/03/2011
Livres, porém presos!
Pensando nisso, o parkour realmente nos oferece a liberdade, mas determinados fatores, ao mesmo tempo, nos impedem.
É fato: a maioria dos praticantes tem como principais locais de treino as praças e pequenos muros e barras espalhados pela sua cidade. Locais públicos, concordemos!
E se considerarmos uma situação de risco em que necessitaríamos usar o parkour, provavelmente não estaríamos em nenhum dos locais citados.
Como tirar vantagem das habilidades então?
Ter a ousadia de entrar em propriedade privada para buscar segurança?
Seria essa a nossa limitação?
É como ter a chave e não poder tirar as algemas...
Sempre avançando!