Muitas vezes vi crianças com suas respectivas mães passando pela rua. As crianças eram como que magnetizadas para fora do caminho. Largavam a mão das mães e iam por outros rumos, subindo e descendo coisas e procurando desafios. E as mães, obviamente, insistiam em chamar a atenção dos coitados.
Essas coisas me puseram a pensar como o modo de vida ao qual estamos inseridos nos faz distorcer as necessidades humanas.
Com o desenvolvimento da sociedade (o que diz respeito a fixação, agricultura, pecuária, etc), o homem abandonou certos hábitos como o nomadismo o e a caça. Deixou de depender fisicamente do corpo, já que as máquinas podem fazer todo o trabalho duro.
O corpo humano foi feito para o movimento, pois como animais, devemos nos relacionar com o meio.
É só pensar nas poucas tribos nômades e indígenas que existem. Elas não se desprenderam dos velhos hábitos. Ainda saem em busca de alimentos e proteção. Vivem como foram feitos pra viver.
As crianças que vivem nessa sociedade "independente" da capacidade física ouvem seus instintos e querem sair correndo e pulando coisas por aí, como se preparassem para viver do trabalho do próprio corpo. Mas, infelizmente, tem esse instinto abafado pelos que já perceberam que a habilidade corporal é "inútil" nos dias de hoje. Daí surgem mais e mais pessoas barrigudas, fracas e dependentes da tecnologia.
O Parkour se mostra então como uma retomada dos velhos hábitos humanos, um resgate do que o homem realmente foi feito para fazer. E mostra para as pessoas que sim, é possível ignorar a dependência e a fraqueza a que somos impostos.
Nos tornamos então homens fortes, rápidos, prontos pra reagir diante do perigo e ajudar a quem precisa. Como uma matilha, vivemos livres e prontos para o que der e vier.
Sempre avançando!
Que reflexão boa de se ler. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado Duddu Rocha, estamos sempre tentando fazer o nosso melhor e sempre tentando avançar...
ResponderExcluirAbraços