08/10/2010

Parkour e a não-mente.

Se você me perguntar por que pratico Parkour vou responder:
-Porque me faz sentir livre!
-Porque me faz sentir humano!
-Porque me faz sentir útil!
De certo, isso seria o que a maioria dos traceurs responderia também.
Mas tem algo no Parkour que me agrada mais que a liberdade, a humanidade e a utilidade. E de certa forma é a origem de todas essas sensações.

A não-mente...

Quando faço uma passada no muro, por um milésimo de segundo, sinto o mundo sumir sob meus pés. Tudo para. Nada importa além do momento: meus dedos sentindo a superfície quente e empoeirada do muro, o ar dando seu sopro mais sutil em meu rosto. Esqueço tudo. Por um instante se vão os problemas, as
dores, os medos. Não vejo as pessoas, nem os carros. Não ouço os sons caóticos da cidade. Meus pés tocam o chão, sinto a rigidez. Só aí minha mente desperta e volto ao mundo que a pouco ficara para trás.

Sei que todo traceur que se preze sabe do que estou falando.
Por vezes, essa sensação é indescritível, e só quem sabe sabe!

Outras atividades podem me fazer livre, humano e útil.
Mas só o Parkour me faz sentir tão longe, e ainda assim, tão perto de mim!

É o que faz valer o esforço constante.

Sempre avançando... sem fronteiras!

2 comentários:

  1. Acredito que essa inexplicabilidade do Parkour é a cereja do bolo que apaixona tantos praticantes. É algo que vai muito além da definição e que frase alguma é capaz de expressar. Por isso é tão complicado repassar Parkour com segurança adiante... porque temos que orientar e apenas sugerir métodos pra que futuramente aquele praticante venha a sentir o mesmo que a gente.

    é lindo.

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  2. Duddu,
    Obrigado por comentar.
    Sua visita ao nosso blog é muito gratificante!
    Nos mostra que estamos no caminho certo...
    E vamos tentar melhorar sempre.

    APE.

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